sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Dor ancestral


Como uma consequência da vida
Em uma linha do tempo
Que tem seu começo e fim
Como uma folha em sua árvore
Que murcha e cai ao seu destino

Deixe-me em paz
Desejo morrer ao relento
Sentir a essência do mundo
Sentir a terra,o ar,a água,o calor do fogo

Deixe-me descansar nas trevas silenciosas
Vagar por entre as florestas mais escuras
Seguir a vida,como um rio que percorre seu curso

Deixe-me dormir
Para que eu possa sonhar
Com um dia de paz

Tormento!
Eu sinto o tormento do mundo
Os gritos do desespero

Dor ancestral
Que me rasga o peito
Dilacerando-me por inteiro

Deixe-me dormir!
Para que eu não possa acordar
E suportar toda a dor desse mundo.

(Fernando Lima)

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